quarta-feira, 20 de abril de 2011

What a Mess

Em dia de novo Real Madrid-Barcelona, aqui fica um dos melhores golos da história, bem apoiado por um dos comentários mais surreais de sempre. Fez-me lembrar Jack Van Gelder no Holanda-Argentina do Mundial'1998, mas noutro registo.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O holandês "fantástico", mas... enganado


Começo a minha participação neste blogue a elogiar uma personagem ímpar da nossa praça da bola: Paulo Futre. Foi um jogador do outro Mundo e, melhor do que isso, tem um fino recorte humorístico. Entrou para a História do Planeta Terra com a conferência de imprensa de 75 minutos (dos quais só tivemos acesso a escassos nove minutos e tal, o que é uma pena) e, no meio de tanta informação caricata e de uma lista de jogadores digna, não do Sporting, mas de qualquer iniciante do Football Manager, disparou o já célebre: "Drenthe, um jogador ffffantástico".

Pois, o bom e velho Futre não disse aquilo só porque sim. Ele tem razão em toda a retórica utilizada acerca do holandês. É mesmo um jogador fantástico. Mostrou pouco ainda, mas também é jovem (24 anos) e já sabemos que pode muito bem ser um parente distante de um qualquer Mario Balotelli. Muito pé e pouca cabeça.

Este ano, em que foi emprestado pelo Real Madrid ao recém-promovido Hércules (clube que também convenceu Trezeguet e Haedo-Valdez a vestirem de azul-e-branco), e têm sido mais os problemas do que as razões para sorrir. Na primeira semana, bateu o recorde de passar a dezena de sinais vermelhos nas ruas de Alicante, porque convém anunciar aos habitantes da pequena cidade da Comunidade Valenciana que o craque chegou. Depois deu uma entrevista a queixar-se de não receber. Seguiram-se as "lesões" e o incumprimento protocolar com o emblema.

O Hércules era treinado pelo ex-culé Esteban Vigo, que conseguiu, com um plantel bastante apetecível, fixar-se no último lugar. Perante um feito tão fantástico, a direção achou por bem dar a oportunidade a Vigo de espalhar classe em outras paragens e chamou Djukic.

Este sérvio fez aquilo que a mente fantástica de Vigo não conseguiu entender e que um amigo me alertou, com toda a razão: colocar Drenthe a jogar... a médio/extremo e não a lateral, uma ideia recorrente nos dias que correm. "És rápido e jogas a extremo, mas temos outro aqui. Pronto, vais para lateral, mesmo que seja um pouco complicado para ti defender".

O resultado foi, obviamente, o melhor. O Hércules ganhou 3-1 no terreno da Real Sociedad, saiu do último lugar, está a um ponto da zona tranquila e... Drenthe bisou.

Faço um apelo a Djukic e aos próximos treinadores de Drenthe: não o deixem morrer para o futebol. Tem tudo para ser um jogador... fffffantástico!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A lição que Rangnick deu a Leonardo

O campeão europeu Inter Milão viu-se vergado em pleno Giuseppe Meazza pelo surpreendente Schalke 04 que continua a espantar a Europa do futebol. Só hoje tive a oportunidade de ver grande parte do jogo e deu para perceber a estratégia que Ralf Rangnick deu a Leonardo, aproveitando-se das falhas táticas do brasileiro para golear o campeão em título. Basicamente, Leonardo cometeu dois erros: o primeiro foi colocar o lentíssimo Chivu a central (os ataques rápidos de Edu e as bolas nas costas do romeno foram estratégica clara do Schalke) e depois a construção do meio-campo com Thiago Motta a trinco, com Stankovic na direita e Cambiasso na esquerda. Como nenhum dos três sabia o que fazer com bola, Sneijder era quase sempre obrigado a recuar no terreno - não só para tentar construir jogo mas também para fugir à marcação apertada de Papadopoulos - e com isso ganhavam Jurado, Baumjohann e Farfán, que recuperavam a bola e jogavam no ataque rápido, com Raúl e Edu a fazerem as diagonais nas costas de... Chivu e Rannochia, que também teve uma noite para esquecer.

Preso Sneijder, a criatividade do Inter desapareceu e foi por isso que o segundo golo do campeão europeu já surgiu pelo jogo aéreo. Porque no chão mandavam os alemães. Depois, há ainda que enaltecer o trabalho defensivo de Raúl, recuando no terreno para obrigar Motta a errar, para depois aparecer a finalizar na sequência dos ataques rápidos da sua equipa. Ainda dava um certo jeito ao Real Madrid...

Ginola

O melhor jogo do ano (até agora...)


É certo que o futebol italiano está nas ruas da amargura em termos de competições europeias mas a verdade é que a Serie A já não é aquele campeonato enfadonho que afastava qualquer um. Hoje em dia, os jogos do futebol transalpino já trazem a emoção, reviravoltas e golos espetaculares que são próprios das Ligas inglesa ou espanhola. E trago aqui um jogo que, na minha opinião, foi até agora o melhor da temporada 2010/11. O Nápoles venceu a Lazio por 4-3 num desafio fantástico, em que o vencedor nunca teve a vitória certa e em que a grande figura ameaça deixar uma marca histórica no clube que imortalizou Diego Armando Maradona. Mas deixo aqui uma palavra de reconhecimento a Walter Mazzarri, treinador napolitano de 49 anos que catapultou o Nápoles para o nível que os adeptos esperavam há muito. E tudo graças a um trio formado por Lavezzi, Hamsik e Cavani, não retirando, obviamente, o mérito aos restantes jogadores que fazem do Nápoles a única equipa europeia de sucesso a jogar num sempre ambicioso 3-4-3. 

Curioso é que, do outro lado estava Eddy Reja, treinador que trouxe o... Nápoles da série C1 (4.º escalão em Itália) para a Serie A, tendo sido o técnico que defrontou o Benfica de Quique Flores no início da época 2008/09. Alma, suor e muito coração levaram Mazzarri a criar um Nápoles candidato ao título e, apesar do calendário mais complicado do que Milan e Inter, a Serie A é possível. Basta que Cavani alimente a veia goleadora e que a equipa mantenha não só a filosofia de jogo como também a capacidade física. É este o grande teste ao Nápoles em 2010/11. Veremos se Maradona regressa a casa no fim da época para festejar...

Ginola   

terça-feira, 5 de abril de 2011

Meias-finais à porta

A vitória do Real Madrid sobre o Tottenham mostrou, entre várias coisas, uma aspecto que pode passar despercebido à primeira vista. Para além da enorme dependência de Cristiano Ronaldo, os merengues são uma equipa sem bússola quando Xabi Alonso não está em campo. Özil pode ter muito futebol nos pés (e tem, como poucos), mas o espanhol é um homem fulcral na primeira zona de construção; é ele quem define a bitola na altura de partir para o ataque e coloca a bola onde quer, à semelhança do que faz Xavi no Barcelona. No plantel não há outro como ele.

Noite quase perfeita para a equipa de Mourinho, que só por catástrofe não estará nas meias-finais da Liga dos Campeões. Para atingir o nirvana, só faltou mesmo limpar os cartões para a próxima eliminatória. Decisão compreensível, dado o que se passou em Amesterdão, onde iguais actos redundaram em castigos e ainda um aviso (pena suspensa) para o futuro. Mas bem que Ronaldo podia ter tirado a camisola nos festejos... e não era para satisfazer o público feminino. Provavelmente passava incólume aos olhos do Comité de Controlo e Disciplina.

Para finalizar, um dos golos do ano, de Dejan Stankovic. Mal imaginavam os adeptos do Inter o que iria suceder mais tarde. E sem se dar por isso, o Schalke, 11.º na Bundesliga, elimina Valencia e goleia o campeão europeu...

Futebol Total é o primeiro aperitivo

Nada melhor do que este vídeo de um golo sensacional do River Plate em casa do Quilmes, para abrir este blog de Futebol Internacional. Neste espaço, vão abordar-se os vários campeonatos que marcam o panorama do futebol por esse Mundo fora e América não é, obviamente, exceção. Uma jogada de futebol total para abrir este espaço onde as melhores assistências são os debates sobre os vencedores e vencidos no Mundo da bola. Sejam bem-vindos e participem no espectáculo...

Ginola